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Terapias Complementares para Animais com Câncer"?


Como oncologista veterinário e praticante de terapias complementares como acupuntura, fitoterapia e homeopatia, costumo atender muitos animais com câncer, especialmente casos complexos onde outras terapias já foram tentadas.

O tutor do animal com câncer geralmente chega desanimado e pessimista, pois a medicina ocidental tradicional encara o câncer como um processo gravíssimo, muitas vezes sem cura. Isso é evidenciado pelos fármacos ainda utilizados em seu tratamento, que remontam ao período pós-guerra há mais de 60 anos. Por exemplo, a doxorrubicina é derivada de uma bactéria e foi sintetizada em 1960; a vincristina e a vimblastina, originadas da planta Catharanthus roseus, em 1961; a ciclofosfamida teve seu estudo iniciado após observações nos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914) expostos ao gás mostarda, e assim por diante.

Atualmente, existem quimioterápicos modernos, sintéticos e com efeito no processo genético do câncer, mas são praticamente indisponíveis na medicina veterinária, seja pela falta de disponibilidade no mercado, estudos clínicos em animais ou pelo alto preço.

Assim, o oncologista fica dependente de uma boa cirurgia, com excelentes margens para resolver o processo. Esta é a primeira sugestão que fornecemos ao cliente quando vem para a consulta: realizar a cirurgia. Porém, em muitos casos, o processo já está bastante avançado e impossibilita a cirurgia. Qual opção resta, então? As terapias complementares.

De fato, por serem complementares, essas terapias deveriam ser utilizadas em conjunto, e logo veremos por quê.

Na medicina convencional, baseada em uma perspectiva mecanicista, a cirurgia é comparada a substituir uma peça — remove-se o que está errado e pronto. Mas não é apenas isso. A causa do câncer é principalmente genética e imunológica, portanto, devemos tratar ambas as causas para que o processo não se repita. Remover apenas a consequência não trata a causa.

 

No entanto, não existem terapias que modifiquem a genética", diria um colega desinformado, por exemplo, a acupuntura. Basta fazer uma pequena pesquisa em mecanismos de busca com trabalhos publicados para ver a quantidade de estudos mostrando a acupuntura modificando a expressão do micro RNA, uma das formas de modificar a expressão genética e controlar a epigenética. Vejam este trabalho - "MetastamiRs: non-coding MicroRNAs driving cancer invasion and metastasis" — que fala sobre a importância do microRNA no câncer e, em seguida, cruzar "microRNA e câncer" para ver como a acupuntura modula isso.

 

Assim, modificamos a genética com a acupuntura. Mas, como dizem, "não é só isso". Sua ação na modulação imunológica também está altamente comprovada, sendo o segundo fator predisponente ao câncer.

 

Portanto, somente com a acupuntura teremos o controle das duas causas do processo cancerígeno — a imunologia e a genética (no caso, através da modulação de sua manifestação — a epigenética).

 

Será que outras terapias também não atuam neste processo? Faltam estudos.

 

Além deste estudo físico na medicina chinesa, de onde a acupuntura faz parte, fala-se claramente da importância dos sentimentos e emoções na geração das doenças.

 

Como estes sentimentos e emoções não são tão evoluídos nos animais, segundo a própria medicina chinesa, é o ambiente quem vai causar este desequilíbrio energético. Assim, as emoções desequilibradas dos tutores desequilibram a sintonia e a frequência natural e normal e geram a segunda parte do processo de adoecimento — o desequilíbrio da energia.

 

No câncer, o processo energético que afeta as emoções, por se tratar de uma doença complexa e profunda, mostra um desequilíbrio energético/sentimental grave dos tutores, o que, através do entendimento diagnóstico da medicina chinesa, também pode ser trabalhado.

 

Para concluir, sim, devemos fazer a cirurgia, mas não devemos esquecer de tratar as causas, onde as terapias complementares atuam precisamente e eficazmente. Todos os pacientes poderiam passar por um tratamento complementar após o tratamento convencional com um médico, pois somente assim trataremos não apenas os efeitos, mas principalmente as causas das doenças, especialmente do câncer.


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