Você já pensou que um peixinho de aquário pode precisar de acupuntura?
Este foi um dos muitos desafios que já me pediram para corrigir e resolver com esta técnica...
Quando lembramos da acupuntura pensamos em pontos nas mãos nos pês, ou na cabeça, pescoço e nas costas – como fazer isso num animal diferente? Como vamos, por exemplo, tratar um peixe que está com problemas de equilíbrio – foi este o caso que me pediram; um distúrbio da bexiga natatória, aliás muito comum em peixes que com a medicação tinha tido pouco resultado.
E como fazer no peixe, ou em um pássaro, ou numa cobra, ou numa aranha. Sem falar num tigre, num gato do mato, num urso, ou até num gamba... O maravilhoso da medicina chinesa é que mesmo com acupuntura você consegue trabalhar em qualquer espécie. Claro que a MTC fala ainda da dietoterapia e fitoterapia que como alimento são usados mais facilmente em tratamentos.
Então, voltando ao peixinho – um kinguiu ou peixe japonês como alguns conhecem, que estava nadando torto.
Primeiro, como colocar agulha em um peixe. Sua pele e seu corpo aceitam sim a agulha, não é difícil, mas se deixarmos ele solto nadando em um aquário não conseguimos. Então colocamos em um outro frasco com pouca água e o deixamos com movimento restrito.
Cumprido este primeiro passo e agora como escolher os pontos?
Na medicina chinesa existem técnicas que usam a essência do animal, que os chineses chamam de reserva energética. Está reserva é ativada com poucas agulhas, numa técnica chamada de técnica dos vasos maravilhosos ou vasos extraordinários.
Explicando para quem não é acupunturista: a inserção de uma agulha ou o estimulo em um local no exterior do corpo através da pele, estimula uma determinada região do cérebro, que vai fabricar substâncias moduladoras chamadas de neurotransmissores. Através de seu efeito estimulam interleucinas que modulam as reações bioquímicas e biofísicas do organismo – o metabolismo. Isso leva a resposta específica para cada um dos processos metabólicos internos. No caso dos pontos dos vasos maravilhosos se estimula a manifestação genética diretamente, alterando o mecanismo de decodificação genética e produzindo ou estimulando células tronco a reporem e realizarem a reparação dos tecidos e estruturas para a volta da função normal.
Pode acreditar isso é real, existem estudos científicos provando isso.
Mas como localizar estes pontos que em sua maioria, no mamífero, estão nos braços e pernas num animal diferente que não tem braços e pernas?
Explicando então: estes pontos são em número de oito, se localizam e atuam geometricamente em um sistema octaédrico tridimensional, permitindo localizá-los no espaço e não anatomicamente. Com isso tratamos qualquer espécie e qualquer tipo de animal apenas usando geometria e estímulo ao sistema nervoso central.
Resolvido o problema dos animais diferentes.
E no caso dos animais agressivos e bravos? Poderíamos fazer estes estímulos como? Nestes casos podemos usar a anestesia do animal, e com ele dormindo, podemos realizar o uso do implante de materiais que vão estimular o ponto de acupuntura. Este estimulo será mais forte e prolongado. Desta forma conforme o material implantado os estímulos podem durar de três semanas a vários anos .
Qual material? Categute, um fio absorvível usado em cirurgias é um exemplo. Fragmentos de ouro são outro exemplo. O ouro é o mais usado nestes animais mais ferozes por permanecer com efeito por anos.
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Obrigado
Eduardo Lobo
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